sexta-feira, 20 de maio de 2016

O marinheiro ll

O marinheiro ll
Patricia Almeida



Eis o marinheiro no mar
Precisa pisar na areia
E ouvindo um canto, sereia...
Prefere não descuidar
Marinheiro quer ser vivo
Ter rumo, ser preciso
Saber onde quer chegar
Precisa ter trajeto
E deve ficar esperto
Prefere não arriscar

Em sua tribulação
Na vida tal nostalgia
Em seu projeto, filosofia
Pensa na situação
Pois não quer ficar perdido
Ele não fica escondido
Perfaz uma orientação
O marinheiro lembra então
Para onde precisa olhar
Analisa sua condição
Marinheiro perdido não há
Pois lê o mapa no céu
Até tiraria o chapéu
Pois no céu, constelação
O marinheiro lembra então
Que encontrou o caminho
Marinheiro não fica sozinho
Tem a lua e tem o sol
Tem um mapa pertinente
Marinheiro tem arrebol
E seguindo o mapa no céu
O marinheiro espraia
Marinheiro pisa na praia
Mas quer cortar o horizonte
Quer ver de longe o monte
De barco, passar de fronte
Marinheiro não quer calar
Marinheiro tem um sonho
Verdade, não enfadonho
De pisar os pés no mar
Marinheiro não quer dizer
Mas de fato se enfatiza
Marinheiro só quer brisa
Não pode ser coração
Mas eu falo com precisão
Marinheiro é do mar
Ele quer embarcação
Mas o marinheiro precisa
É olhar com outros olhos
E pisar os pés no chão

Patricia Almeida


Marinheiros atravessam mares, e por mais que o oceano seja por inteiro um mundo de aguas com ondas e brisas, sempre repetidas, encontra nos caminhos semelhanças em versos. de palavras ditas e ondas passadas.

Roberto Cardoso

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