domingo, 23 de abril de 2017

Enfª IAB

Enfª IAB
PDF 920

Primeiro ela atravessou o pantanal. E olhando os lugares por onde passou, e por onde morou, por onde estabeleceu e formou suas raízes, confundem-se pelas terras alencarinas com as terras de Araribóia. Com algumas passagens pela Veneza brasileira onde um dia imperou Maurício de Nassau com uma barreira holandesa. Os holandeses não necessitando de diques para conter o nível do mar, esconderam-se por trás dos arrecifes, ocultando o horizonte.

Sua trajetória de vida se confunde com personagens da história que estudou. Histórias que se repetem como um arquétipo profissional de enfermagem, abandonando a casa, para abraçar uma profissão. Lembrando figuras históricas que participaram de batalhas, como Rachel Haddock Lobo, Anna Nery e Florence Nightingale. E assim como Florence e Anna Nery um dia ela saiu de casa, para exercer e conhecer a enfermagem. Participaram de batalhas e guerras, reais ou simbólicas. Deu início ao seu voo, talvez pegando um Ita no Norte.

A enfermagem também começou com voos. Quando começaram as viagens aéreas comerciais, enfermeiras foram contratadas para dar atendimento aos passageiros que sentiam-se mal durante as novas viagens, que necessitavam de altitudes, em aviões não pressurizados. E aos poucos as enfermeiras embarcadas tornaram-se aeromoças, chegando hoje a comissárias de bordo. Sempre prontas a um atendimento das necessidades do corpo, com ingestões líquidas e sólidas. No início da viagem as regras para uma sobrevivência, o conhecimento preventivo.

Tal como Rachel destacou-se na liderança de uma escola, que leva o nome de Anna Nery. A professora e orientadora, que é temida por alunos e orientandos. Temida pelos seus conhecimentos e suas regras particulares, no estilo ABNT, com técnicas de padrões e procedimentos, ao orientar literaturas e conhecimentos.  O conhecimento e o saber são uma necessidade fisiológica, adquiridos pelas atividades organolépticas. O conhecimento é um somatório ao longo do tempo, digerindo saberes e sabores.

Aluno ou orientando não se disfarça de dragão na sua frente, querendo disparar labaredas pela boca, ou fumaça pelo nariz. Sua lança esta sempre pronta para apontar uma direção, suas mãos seguram uma rédea. Assim como Ogum, ela forja suas ferramentas.

por Roberto Cardoso (Maracajá)

Em 23/04/2017

Dia de São Jorge, o Ogum da umbanda.
Dia de guerreiros
Dia do aniversário de Ieda de Alencar Barreira.

Imagem: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=187659371274202&set=a.187658971274242.41285.100000904213985&type=3&theater

terça-feira, 4 de abril de 2017

O médico legista


Resultado de imagem para cadaver sobre a mesa
O médico legista
PDF 902


Um corpo jaz sobre a mesa fria. Aguardava uma papelada para ser examinado, procedimentos de praxe para garantir legalmente a violação de um corpo. Uma morte precisava ser investigada,.


Um grupo de profissionais em volta da mesa fazia seus últimos atos preparatórios para dar início aos exames. Calçaram as luvas e colocaram máscaras, como proteção individual, um EPI para exames simples. Começaram por uma análise visual sem tocar o corpo. Avaliações por estimativas eram anotadas em uma prancheta por um escrevente; altura, peso corporal; cor da pele, dos cabelos e dos olhos. Outro participante do grupo segurava um gravador, para gravar a fala do chefe da equipe. Tudo era anotado ou gravado, por menor que fosse o detalhe. Cada detalhe encontrado poderia ser a chave para solução do caso. Terminaram a primeira fase da inspeção.


Em um segundo momento já era possível levantar partes do corpo para uma visão mais minuciosa. Pararam por um momento e conferiram os dados anotados, para que na declaração oficial houvesse um consenso geral entre os peritos. Tudo era registrado para chegar a um resultado, ou consultar detalhes que um ou outro deixasse despercebido. Uma câmera fixa registrava tudo.


Resíduos na pele e debaixo das unhas foram retirados como amostras e encaminhados ao laboratório. Uma amostra de saliva foi retirada com um palito envolto com uma gaze enrolada em uma das pontas. Nas roupas foram investigados a existência de resíduos de urina ou fezes. Tudo poderia contribuir para realização de um bom laudo.


Amostras coletadas, um exame minucioso por todas áreas do corpo foi executado. Não haviam grandes evidências pela superfície externa do corpo que pudessem constar em um atestado de óbito. Novas investigações deveriam ser executadas, como uma análise interna do corpo, e se necessário a retirada de órgãos. Novas luvas deveriam ser providenciadas, depois de uma exaustiva assepsia das mãos.


Um corte preciso abriu o ventre, expondo as vísceras. Cada uma delas tinha características próprias, com atividades fisiológicas e orgânicas, que deixavam pistas ao reter elementos químicos. Uma bibliografia extensa já existia relacionando órgãos com elementos químicos provavelmente encontrados, não encontrados e elementos suspeitos que não faziam parte das funções do órgão, sua fisiologia e patologias diversas.


Nada de concreto foi encontrado para justificar o laudo. Restava apenas uma alternativa para criar novas perguntas e buscar outras respostas. Questionar a família sobre seus desejos, seus comportamentos e desejos ocultos. Um membro da família aguarda na recepção, a oportunidade de colher informações.


Um componente da junta procura desvencilhar-se do vestuário de trabalho. Toma um café, respira fundo e dirige-se à recepção. Identifica o parente, identifica-se como funcionário daquele instituto e faz a primeira pergunta.

- O que você sabe sobre as últimas horas de vida do seu parente. Ele ingeriu algo diferente? Inalou algo não normal?
E o parente responde. - Assim como sempre, ele ingeriu bastante água.
Obrigado pela resposta. Era o elo que faltava para solução do caso. De acordo com nossas analises, seu parente era alérgico a água.


RESULTADO
Causa mortis; ingestão de água em excesso, causando um desequilíbrio hídrico. Levando a um encharcamento das células.


Um investigador não pode deixar um caso sem resposta.  A ciência não pode deixar uma pergunta sem resposta, para não perder sua credibilidade. Mesmo que a resposta gere perguntas, que ela se compromete em responder. Quem contestar o laudo que procure uma contraprova.


A ciência começa com uma cruz, Da cruz se faz um gráfico com quatro eixos, onde pontos são plotados formando um rosário. E o pesquisador com o rosário em mãos faz das suas visões e interpretações suas elucubrações como uma fé para o futuro.


Em 04/04/2017
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN
Assinatura B F.jpg

Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalismo Científico (FAPERN - UFRJ - CNPq)


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

#FORUMdoMaracajá: #FORUMdoMaracajá

#FORUMdoMaracajá: #FORUMdoMaracajá: Fórum do Maracajá #FORUMdoMaracajá #BLOGdoMaracajá Blog do Maracajá El Foro Maracajá The Forum of Maracajá Il Forum Maracajá Le Forum...

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Forum do Maracajá: Roberto Cardoso (Maracajá), autor em....

Forum do Maracajá: Roberto Cardoso (Maracajá), autor em....: R oberto Cardoso (Maracajá),  autor em.... Roberto Cardoso (Maracajá),  autor em.... Roberto Cardoso (Maracajá),  autor em....  Clube de A...

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Anamnese Literária


14316972_1833237560229413_5811822300877931483_n.jpg
Anamnese Literária
PDF 735

Assistir a fala de uma médica, em Quintas Literárias, espera-se ouvir histórias ocorridas no caminho do sangue que corre por veias e artérias. Histórias sobre as funções das enzimas; sobre as batalhas travadas dos leucócitos contra os elementos invasores na corrente sanguínea. Poderíamos até imaginar histórias de bombas, com o sódio e potássio. E Clotilde tem coronárias parahybanas, com brônquios natalenses. Faz ginástica laboral no teatro e no cinema.

Mas Clotilde não é aquele modelo tradicional de médica, que encontramos isoladas e sozinhas, trancadas em um consultório, ou correndo entre as camas de um ambulatório. Clotilde é ligada a DNSP, voltada a saúde pública. Suas crônicas são voltadas para assuntos mais amplos, com endemias e epidemias do convívio e história social. De epidemias em bailes de matinée no clube da sua cidade, em sua adolescência, quando corpos se juntam, a fatos endêmicos que cobrem o seu estado. Com seu estetoscópio faz uma ausculta por onde passa. E com seus esfigmomanômetro verifica a pressão da cidade.

Não questionou ou fez críticas ao sistema do evento, sem dados a serem oferecidos ou preenchimento de formulários. O controlador não fez o papel da atendente, condicionada e controlada pelo sistema. Era tudo no estilo on line, ao vivo. E o rapaz que coloca a água sobre a mesa fez a sua parte.

Com um público restrito, fez uma consulta coletiva, tendo um arguidor sintomático a seu lado. Falou de seus livros e suas histórias onde constam relatos das cidades e dos estados, como um organismo vivo, influenciado por imigrações e migrações, tal como as larvas. Povos que se instalaram alterando as condições de saúde econômica e intelectual de Campina Grande na Paraíba. Uma cidade evoluída graças algumas vias que um dia levaram hemoglobina,  para evolução da saúde da cidade, como as hematitas que construíram as vias férreas, com um par de trilhos.

E como médica de saúde pública, não poderia deixar de providenciar uma profilaxia preventiva. O destino levou para assistir a sua fala, uma junta de advogadas, com especialidades variadas, da questão eleitoral a questão carcerária. Havia ainda um escritor de contos pediátricos; um escritor dedicado a histórias em gráficos com linhas ondulatórias. E por fim um escritor de hábitos noturnos, bem Noir. Inclusive aquele que vos fala, com uma dislexia de trocar as palavras.

#BLOGdoMaracajá.jpg


Roberto Cardoso (Maracajá)

Em 16/09/2016
Nas terras do Paquiderme Norte-rio-grandense


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Versos de Ostra em Ventre Temporais

Versos de Ostra em Ventre Temporais
Ventre e Versos
PDF 734
ventre e versos.png

As batidas de Moliére ecoram, anunciando o cheiro de bifes que já estavam preparados, restando apenas serem servidos para a plateia, que aguardava entre Versos Temporais, com Leocy Saraiva, dentro de uma caixa cênica. E do fundo da platéia envolvida por um black out, em movimentos leves e sinuosos, chegavam ao palco a essência dos bifes a serem servidos em um monólogo. Um canhão seguidor acompanhava seus passos. E.assim começa Ventre de Ostra, encenado por Luana Vencerlau; dirigido e trilhado por Junior Dalberto. Uma ostra para ser aberta e degustada, com direito a champanhe. A harmonização combinada com o espumante, tal como as espumas que o mar deixa na praia, sobre os cacos e resíduos das ostras e outros bivalves, com suas conchas, agora vazias.

E sem que a platéia percebesse ou imaginasse, fazia uma viagem. Estavam em um café, não nas ruas de Paris. Mas na terra das massas, dos vinhos e dos queijos tomando um capuccino. Estavam na Itália.  Com versos saltando dos livros para o palco, de Saraiva a Militana. Com Zila e Risolete; Diva e Nísia.

Alguns cacos e folhas soltas se espalharam no palco e na mente da plateia, deixando dúvidas, se eram uma intenção do acaso ou meramente improvisados. Nada é ao acaso. Resíduos de uma ostra formada predominantemente por cálcio, desfazendo-se nas areias.

E assim foi um breve panorama avistado de uma praia em Ventre de Ostra e suas catarses, O resto está no palco e nos livros, para ser degustado.

Apoio: Sangue, Suor e Lágrimas
Patrocínio: Cara & Coragem.

Break aleg, Muita merda

RN, 15/09/16

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Monte Kurama: Ainda somos índios

Monte Kurama: Ainda somos índios: Fotos: Evaldo Silva \ Pinacoteca do Estado - Encontro Litero Musical da SPVA/RN 02/09/16 - Natal/RN Ainda somos índios PDF 722 ...