Versos de Ostra em Ventre Temporais
Ventre e Versos
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As batidas de Moliére ecoram, anunciando o cheiro de bifes que já estavam preparados, restando apenas serem servidos para a plateia, que aguardava entre Versos Temporais, com Leocy Saraiva, dentro de uma caixa cênica. E do fundo da platéia envolvida por um black out, em movimentos leves e sinuosos, chegavam ao palco a essência dos bifes a serem servidos em um monólogo. Um canhão seguidor acompanhava seus passos. E.assim começa Ventre de Ostra, encenado por Luana Vencerlau; dirigido e trilhado por Junior Dalberto. Uma ostra para ser aberta e degustada, com direito a champanhe. A harmonização combinada com o espumante, tal como as espumas que o mar deixa na praia, sobre os cacos e resíduos das ostras e outros bivalves, com suas conchas, agora vazias.
E sem que a platéia percebesse ou imaginasse, fazia uma viagem. Estavam em um café, não nas ruas de Paris. Mas na terra das massas, dos vinhos e dos queijos tomando um capuccino. Estavam na Itália. Com versos saltando dos livros para o palco, de Saraiva a Militana. Com Zila e Risolete; Diva e Nísia.
Alguns cacos e folhas soltas se espalharam no palco e na mente da plateia, deixando dúvidas, se eram uma intenção do acaso ou meramente improvisados. Nada é ao acaso. Resíduos de uma ostra formada predominantemente por cálcio, desfazendo-se nas areias.
E assim foi um breve panorama avistado de uma praia em Ventre de Ostra e suas catarses, O resto está no palco e nos livros, para ser degustado.
Apoio: Sangue, Suor e Lágrimas
Patrocínio: Cara & Coragem.
Break aleg, Muita merda
RN, 15/09/16
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